26 de abril de 2007

esse emaranhado
de letras e poemas
enroscando-nos
nós, sempre nós

pra onde aponta o coração!?

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certa vez, sentado ali fora da casa, fumando um cigarro e deitado às pernas um violão, apareceu-me você. Os olhos frágeis, os traços fortes, a delicadeza suave da voz me fazia crer que poderia estar sentado ao seu lado. Passava assim mesmo, despercebia-me.
certa vez, sentado ali fora da casa, fumando um cigarro - o cigarro me consumia - fiz canção e não podia ter feito melhor.

Já ouviste a canção que fiz pra você!?

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Não consigo falar palavras curtas demais. Nem ao menos pensar palavras demasiadamente curtas. Alongar-me à paciência do interlocutor, até que minhas longas palavras penetrem na retórica de ambos. Não idolatro a longevidade do diálogo, apenas não consigo falar palavras curtas demais. Quando não estou despindo um tapete vermelho para nossas palavras triviais passarem, me calo e reflito com minhas palavras, demasiadamente grandes.
Quando me vires calado, então, não pertube! Estou cá com minhas enormes palavras dialogando comigo mesmo numa reciprocidade infinda.

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Já percebeste, Pedro!?
Inda não!?
Meu amigo, vou lhe enviar uma carta secreta.

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