3 de setembro de 2005

À MEIA LUA

Meu amor, chega, te aproxima
do meu corpo quente, entra no meu clima
Me lembra sempre sempre de esquecer
essas caras tristes nessa sala cheia
de alguma coisa que eu não sei dizer
suas bocas frias num lindo buquê
suas fantasias sem mistério e paixões
tão eternas que parecem ilusões
desembaraça as pernas no meu tom azul
me enrosca no teu cheiro, me faz calar
tua meia-calça piegas e barata
que veste teu corpo quase nú

À meia lua, meia-noite e meia
me embriaga, alucina o meu ser
a minha sina é mesmo o teu corpo
és o meu porto, mas quem é você?

Troca de cara, rota alterada
fica calada, me deixa perdido
tô no esgoto, pareço um menino
e todo rosto parece não ter
nenhum sorriso, nenhuma emoção
e minha rima nem parece canção
tem muita gente, me falta o ar
complicam o amor e param de amar

(Pedro de Helena - 03/09/05 )

Cuidado com as palavras Pedro!!!

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