18 de outubro de 2005

LIBIDO

Corro e me espalho no chão
Ergo minha penúria
Grito na boca da angústia
Beijo os lábios da solidão

Verbos me ferem a carne
Libido da alma

Sustento o corpo, minha cruz
Corro no espelho das águas
Vejo o sofrejo dos pulmões
Sigo pela estrada dos abismos
Chego sempre ao meio do caminho

Verbos dilaceram-me a alma
Libido da carne

(Pedro de Helena - 18/10/05)

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