quando vazio, quase vazio
no infinito desses passos
larguidão corriqueira
de caminhos sós, verdejantes
em preto e branco
pinta-se o esboço, a moldura
ante ventos que te trazem
que te carregam, te espalham
quase vazio, quando vazio
esse anjo louco que me agarra num abraço
sufoca os meus passos
teme o próprio temor
me fere e me beija
sopra os meus "és"
me atira em lugar qualquer
e me perco e me acho
e já, não sei quem, pára,
olha e diz:
-onde andavas?
quando vazio, quase vazio
quase vazio, quando vazio...
...
(Pedro de Helena - 08/05/06)
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