8 de maio de 2006

quando vazio, quase vazio
no infinito desses passos
larguidão corriqueira
de caminhos sós, verdejantes
em preto e branco
pinta-se o esboço, a moldura
ante ventos que te trazem
que te carregam, te espalham

quase vazio, quando vazio

esse anjo louco que me agarra num abraço
sufoca os meus passos
teme o próprio temor
me fere e me beija
sopra os meus "és"
me atira em lugar qualquer
e me perco e me acho
e já, não sei quem, pára,
olha e diz:

-onde andavas?

quando vazio, quase vazio

quase vazio, quando vazio...

...


(Pedro de Helena - 08/05/06)

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