27 de janeiro de 2007

Pedro, Pedro...
A vida é uma ousadia. Cheia de pretensões e julgos, feito nossa cabeça. Já percebeste o quão óbvio e confuso é viver!? Nossas paranóias e medos nos fazem retroceder nessa arte sublime, nossa ousadia - ah! nossa ousadia, Pedro... - nos faz flutuar dentro de nós mesmos, ao menos um pouco.
Pés no chão, Pedro! Pés no chão!
Antes o desperdício do sono, o equilíbrio da embriaguez, as segundas-feiras de vergonhosas orgias das quais não sintamos vergonha alguma. É, meu amigo, Pedro... O verbo chamou-lhe a atenção mais que a própria frase, não se atenha a isso - o Verbo é Carne.
Logo que te vêem nos dias de trôpego, és causa de espanto (de pena) - ora, meu amigo, que pena digamos nós... há há há... - eles te jogam um saco de responsabilidades nas costas e apertam em tua mão a pá da tua cova. Não nascemos pra cargueiro, Pedro! E sabemos disso, o que é o pior!

Acreditas em Deus, Pedro!?

Quando fecho os olhos e sinto o peso que me prende ao chão e sinto o cheiro das flores de plástico deitadas sobre a mesa, vejo Deus um pouco... porque me liberto e mesmo que meu refúgio seja viver, nem Deus nem você têm nada a ver com isso!

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